quinta-feira, 7 de outubro de 2010



Vivemos em um mundo onde a liberdade é um direito,
mas muitos não a possuem.
Onde a paz é um desejo,
e a guerra uma necessidade prazerosa.
Onde a vida não é aproveitada,
por causa do temor à morte.
Onde sinceridade, muitas vezes torna-se indelicadeza,
e a falsidade é uma atividade do nosso cotidiano.
Onde a inteligência humana salva vidas,
e a ganância tira várias.
Será que os fins justificam os meios?
Não! Os meios devem ser justificados,
mas com sabedoria e bom senso.
Um mundo onde um bandido com paletó é respeitado,
entretanto um mendigo honesto é queimado,
enquanto descansa de um dia de sofrimentos.
Onde os criminosos têm regalias, ou estão soltos,
e as famílias são obrigadas a se trancafiarem nas suas próprias casas.
Abrangendo a frase de um poeta que interrogava:
"Que país é este?", pergunto-me:
Que mundo é este? Onde a única certeza,
é em relação a sua forma.
Um mundo onde tudo se faz por dinheiro,
e quem não segue as normas é "deixado para trás".
Onde todos devem ser doutores,
por vontade ou pressão.
O que será das outras profissões?
Onde o ilícito é muitas vezes confundido com o lícito,
e as atitudes lícitas tornam-se cada vez mais raras.
Um mundo que cria máquinas de última geração,
mas não consegue achar uma solução para a poluição.
Um mundo que sem saber, ou até mesmo sabendo,
destrói a si mesmo, em prol do lucro.
Mas "para não dizer que não falei de flores".
Vivemos em um mundo onde muitas pessoas fazem o bem,
sem o interesse de receber nada em troca.
Onde "o homem é o lobo que devora o próprio homem",
mas frequentemente é o "São Bernardo" que o resgata do perigo.
Onde alguns pais matam os filhos,
e outros dão a vida pelos mesmos.
Onde a criança vive inocentemente e vive em uma utopia encantadora.
É neste lugar misterioso e fascinante que vivemos,
onde uma semente chamada esperança,
é plantada junto com cada feto.
E o desejo de um futuro melhor é comum a todos.
Sendo assim, enquanto houver esperança,
verei o mundo com um olhar crítico, mas otimista.


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